Dedicada à transição energética, a Eletrobras está realizando iniciativas inovadoras e produzindo as primeiras toneladas do produto no território nacional.
A transição energética assume um papel crucial na consecução do compromisso de neutralização das emissões de carbono até 2050, conforme estabelecido por diversos países no Acordo de Paris.
Não restam mais incertezas quanto à necessidade de migrar de uma matriz energética centrada em combustíveis fósseis, que contribui para o aquecimento global, para uma baseada em fontes renováveis, caracterizada por baixas ou nulas emissões de carbono. Essa transformação é uma estratégia fundamental no enfrentamento das mudanças climáticas e na asseguração de um futuro mais sustentável.
Dentre as soluções que têm impulsionado esse movimento global, destaca-se o hidrogênio verde, obtido através do processo de eletrólise da água, o qual demanda um substancial suprimento energético.
Atentando-se a essa tendência, a Eletrobras, a maior empresa do setor elétrico na América Latina, está liderando avanços pioneiros em relação ao hidrogênio verde. Isso resultou na produção das primeiras toneladas desse recurso no país e a empresa está preparada para empregar o conhecimento adquirido durante esse processo em projetos de envergadura significativa.
Hidrogênio Verde
O hidrogênio verde é caracterizado pela sua geração proveniente de fontes de energia renovável, como hidrelétrica, eólica e solar. Este gás pode ser empregado como combustível, transformado novamente em energia elétrica através de reações eletroquímicas que resultam apenas em água residual. Além disso, ele encontra aplicação na produção de amônia, um componente essencial em fertilizantes para o solo, assim como em diversas outras utilizações.
Trata-se de um recurso versátil que encontra utilidade em variados setores econômicos. Pode ser empregado na geração de energia elétrica, como combustível em processos industriais, como matéria-prima na indústria de transformação, em procedimentos em refinarias e siderurgias, como fonte de energia no transporte em geral e como insumo na indústria do agronegócio.
E sua capacidade de crescimento é considerável. A Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA) e a consultoria McKinsey & Company preveem uma necessidade global de 600 milhões de toneladas de hidrogênio até 2050. Essa pesquisa também sugere que até 2040 o Brasil poderia suprir uma demanda interna de 9 milhões de toneladas e até exportar 4 milhões de toneladas para os Estados Unidos e a Europa.